sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Resíduos Sólidos: Minas publica inventário


Da Agência Minas – Das 706 barragens cadastradas pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) em 2010, 87% foram consideradas estáveis. Em 2009, das 594 barragens, 83% foram consideradas estáveis. A melhora ao longo dos anos pode ser atribuída como consequência das ações de gerenciamento adotadas pela Feam e pela atitude responsável dos empreendedores que tem cumprido rigorosamente essas determinações.

Esses dados fazem parte do Inventário de Barragens de Rejeitos e Resíduos do Estado de Minas Gerais, publicado nesta semana pela Feam. Atualmente existem 706 barragens cadastradas, sendo 220 na classe I (baixo potencial de dano ambiental), 268 na classe II (médio potencial de dano ambiental) e 218 na classe III (alto potencial de dano ambiental). Segundo os auditores, 612 estruturas são consideradas estáveis (87%), 43 barragens não possuem garantia de estabilidade (6%), 42 não apresentam conclusão sobre a estabilidade por falta de dados ou documentos (6%) e 9 estruturas (1%) se encontram em situação especial. A grande maioria, 469, são barragens de rejeitos localizadas em empreendimentos minerários, sendo que outras 146 estruturas estão localizadas em indústrias de destilação de álcool, e 91 em indústrias diversas.

De acordo com a diretora de Qualidade e Gestão Ambiental da Feam, Zuleika Chiacchio Torquetti, a estratégia adotada para uma melhor gestão de barragens pode ser considerada efetiva, uma vez que ocorreu um aumento significativo no número de estruturas estáveis, passando de 83% (594) em 2009 para 87% (612) em 2010. O percentual de barragens sem garantia de estabilidade também sofreu uma redução de 8% (59) em 2009 para 6% (43) em 2010. O número de barragens onde o auditor não garante a estabilidade por falta de dados e/ou documentos permaneceu estável em 6%.

“Estes dados mostram que os responsáveis pela operação das barragens de rejeitos e resíduos estão conscientes da importância da manutenção das auditorias de segurança e da implantação das medidas de controle e monitoramento sugeridas pelos especialistas. Podemos considerar que as deliberações normativas do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam) são marcos legais importantíssimos para Minas Gerais, na medida em que estabeleceram procedimentos que levaram à redução do risco de acidentes nestas estruturas e, consequentemente, dos potenciais danos ambientais, sociais e econômicos”, argumenta.

A diretora enfatizou também a experiência mineira como uma das referências para a recém aprovada Lei no 12.334, de 21 de setembro de 2010, que institui a Política Nacional de Segurança de Barragens, o que trouxe para Minas Gerais um importante reconhecimento, mas também sinalizou que é importante continuar a aprimorar os procedimentos. O Inventário de Barragens de Rejeitos e Resíduos apresenta também os principais dados do cadastro de barragens, as diretrizes e ações realizadas pela Feam considerando o modelo de gestão das condições de segurança das estruturas, além de abordar a evolução dos resultados obtidos no gerenciamento de barragens desde sua implantação.

A publicação do inventário tem como principal objetivo atualizar as informações referentes às ações gerenciais desenvolvidas no ano de 2010, com base no cadastro de barragens e nos resultados das auditorias de segurança, que subsidiaram e, as declarações de condição de estabilidade encaminhadas via sistema online até o último mês de novembro, por meio do Banco de Declarações Ambientais (BDA).

Fonte http://www.ambienteenergia.com.br/

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Projeto transforma lixo em combustível em SP

O CDR é um combustível em forma 
de flocos que pode ser usado 
na alimentação de caldeiras 
e fornos industriais.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 33,9 milhões para investimentos da Estre Ambiental, empresa nacional de gestão de resíduos sólidos e tratamento de áreas degradadas. Os recursos serão usados na implantação de uma unidade de processamento de resíduos, com capacidade de produção de 450 toneladas anuais de combustível derivado de resíduos (CDR).

Esta é a primeira vez que o BNDES financia um na área de resíduos sólidos para transformação de lixo urbano em energia. O projeto da Estre prevê a expansão dos aterros sanitários de Itapevi e Paulínia, no Estado de São Paulo, a captação de biogás com geração de crédito de carbono e a produção de combustível derivado de resíduo sólido.A Estreo ampliará sua capacidade de destinação dos resíduos sólidos urbanos das regiões metropolitanas de São Paulo e de Campinas e aumentará a captação de gás metano nos aterros sanitários.

Os resíduos domiciliares e industriais serão reciclados, reaproveitados e transformados em insumo energético em outro processo produtivo, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da região, destaca o BNDES.
O principal mercado do CDR serão as usinas de cana-de-açúcar que operam próximo à região do projeto, bem como o coprocessamento em fornos de cimento. Atualmente, as usinas sucroalcooleiras usam bagaço de cana, enquanto as cimenteiras utilizam coque para aumento do poder calorífico de seus fornos. No entanto, o cultivo da cana é sazonal, fazendo com que haja grande variação no seu fornecimento ao longo do ano.

O CDR é produzido durante todo o ano, podendo, inclusive, ser estocado, o que permitirá um ganho de eficiência permanente dos fornos. Além disso, o potencial calorífico do CDR é superior ao do bagaço de cana. O coque, por sua vez, tem custo superior ao CDR, observa o BNDES, em nota. O banco começou a atuar no setor de resíduos sólidos em 2002. Hoje, a carteira do Banco soma R$ 780 milhões de financiamentos aprovados para o setor de gestão de resíduos sólidos, entre operações diretas e indiretas.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL

Nunca se falou tanto em sustentabilidade, afinal, o que é sustentabilidade? 

 Diz-se que uma comunidade é sustentável quando satisfaz suas necessidades de forma, preservar as condições para que as futuras gerações também o façam. A construção civil vive uma época, frutífera, valorização de profissionais e expansão de mercado.

As questões ambientais têm ocupado um grande espaço nos problemas dos países, desenvolvidos ou subdesenvolvidos. Hoje a sustentabilidade na construção civil é um tema de grande importância, a indústria da construção causa um grande impacto ambiental ao longo de toda a sua cadeia produtiva. Há um grande avanço na qualidade da construção civil nos últimos anos, programas de redução de perdas e implantação de sistemas de gestão da qualidade.
 
Demolições e resíduos sólidos são responsáveis por um grande impacto ambiental, são dispostas de maneira clandestina, em terreno baldio, áreas públicas, ou em aterros. Está prática tem diminuído, devido ao avanço nas políticas de gerenciamento de resíduos sólidos, com a criação da Resolução nº 307 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2002), que estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão destes resíduos, classificando-os em quatro diferentes classes:

Classe A – Resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados (tijolos, concreto etc.)
Classe B- Resíduos reutilizáveis / recicláveis industriais (plásticos, papel, etc.)
Classe C- Resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias viáveis que permitam sua reciclagem (gesso e outros)
Classe D- Resíduos perigosos (tinta, solvente, etc.) ou contaminados (de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros)

A construção civil é fonte geradora de resíduos sólidos em quantidades e variedades diversas. A grande quantidade de resíduos sólidos é gerada pela falta de conscientização ambiental, pela deficiência no planejamento e execução de obra, mão-de-obra desqualificada, fazendo com que a sociedade tenha problemas com assoreamento dos rios, inundações e degradação de áreas etc. Os resíduos sólidos da construção civil quando reciclados podem ser aproveitados em outros setores da economia. Quando fazemos um processo de classificação e moagem dos resíduos sólidos, obtemos agregados para diversas finalidades, tais como: base para pavimentação, contenção de encostas, blocos de concretos, tubos para drenagem etc. 

Podemos com custos competitivos obter produtos similares e com ótimo desempenho.
Em relação à construção civil, o aproveitamento de resíduos é uma das ações que devem ser incluídas nas práticas comuns de produção de edificações, visando a sua maior sustentabilidade, proporcionando economia de recursos naturais e minimização do impacto no meio – ambiente. O potencial do reaproveitamento e reciclagem de resíduos da construção é enorme, a incorporação destes resíduos em determinados produtos pode vir a ser extremamente benéfica, já que proporciona economia de matéria-prima e energia.

O profissional da construção civil deve se conscientizar que o resíduo sólido gerado em suas obras é um material que faz parte de um mercado já existente. Uma obra com planejamento de resíduos sólidos garante uma correta reciclagem de materiais nos canteiros de obras. Com a reciclagem de resíduos sólidos na construção civil, vamos minimizar impacto ao meio ambiente, gerado pela produção de materiais de construção, minimizar poluição e um desenvolvimento mais sustentável e preservar o meio ambiente.

Engenheira Civil Marcia da Silva Barros
Fonte: http://www.soartigos.com/artigo/6694/Sustentabilidade-na-construcao-civil/

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Regulamentar Já - Parte 01

 Por Arnaldo Jardim
Deputado Federal por São Paulo

Sacionada a Política Nacional de Resíduos Sólidos Brasil espera a regulamentação


O Brasil já dispõe de uma legislação de vanguarda para tratar da destinação e do tratamento de todo o lixo gerado no País, aprovada pela Câmara dos Deputados depois de 19 anos e sancionada em agosto pelo presidente Lula.Vivemos a expectativa da regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sob a responsabilidade do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que deveria ocorrer em menos de 90 dias a contar da sua promulgação, mas que até o momento não foi colocada para análise pública.

Essa situação causa preocupação quanto à ausência da participação dos diversos segmentos envolvidos na elaboração da mesma e nos obriga a conviver com o que há de mais arcaico em termos de destinação inadequada de lixo. De cada quatro sacos de lixo residencial coletados pelos serviços oficiais, um vai para local inadequado, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Entenda-se por "local inadequado", lixões e aterros controlados precários, espalhados, pelo estado que contaminam o ambiente e são fonte permanente de risco à saúde da população. A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece, por exemplo, um prazo de dois anos para que prefeituras e governos estaduais estabeleçam planos de gestão de resíduos, e quatro anos para acabarem com os lixões a céu aberto e com os aterros inapropriados.

A imagem de catadores sem luvas nem equipamentos de segurança, trabalhando noite e dia no lixão -em meio a seringas, caixas de remédio, gazes usadas, CDs, urubus, garças e cachorros- também está com seus dias contados. Segundo a nova legislação, os municípios são incentivados a incluírem na coleta seletiva a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, que terão incentivos financeiros para investir na capacitação dos trabalhadores e na transformação do lixo coletado.

A coleta seletiva ineficiente e o transporte de materiais recicláveis para aterros sanitários causam prejuízos anuais de até R$ 8 bilhões, segundo o Ipea - sigla de Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. As perdas ocorrem principalmente por causa dos custos adicionais nas indústrias pelo uso de material virgem em vez de reciclado, dos danos ambientais e de gastos de orçamento público com a destinação final de lixo em aterros.

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabelece que as empresas tenham um plano de gestão de resíduos, a partir da análise do ciclo de vida do produto e implantem a logística reversa para que as empresas sejam responsáveis pela coleta do lixo tóxico de difícil decomposição. A Região Sudeste originou 53% dos 57 milhões de toneladas de lixo gerados em 2009, o que significa que cada habitante produz 1,2 quilograma por dia, segundo a Abrelpe.

Outra questão importante da Política Nacional de Resíduos Sólidos está na educação ambiental, no sentido de mitigar a geração de resíduos e estimular um consumo mais consciente por parte da população. Fundamentada nos princípios do direito ambiental, sobretudo na prevenção e na precaução -prevenir as conseqüências de determinado ato/cautela para que ações não venham a resultar em efeitos indesejáveis-, a Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne um conjunto de instrumentos instituídos capazes de promover com segurança padrões sustentáveis no gerenciamento dos resíduos, sobretudo os industriais e perigosos.

Busca-se uma integral implementação de gerenciamento dos resíduos industriais, especialmente os perigosos, que compreenda da geração à destinação final ou disposição final (caso dos rejeitos), que seja executado de forma a atender os requisitos de proteção ambiental e de saúde pública, fundamentado a partir da elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de que trata a lei.

Resta, como obrigação para as indústrias, a elaboração dos planos de gerenciamentos, contendo, entre outras medidas:

descrição do empreendimento ou atividade;

diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados;

a origem;

o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles relacionados;

definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador, ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de gerenciamento incorreto, ou acidentes e as metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos sólidos, e, observadas, as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) e do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) à reutilização e reciclagem.

Dispõe ainda a Política Nacional de Resíduos Sólidos sobre os inventários de resíduos -aplicados também aos resíduos industriais e aos perigosos-, bem como o sistema declaratório anual dos resíduos. Em relação aos inventários, o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) publicou a Resolução n. 313, de 29 de outubro de 2002, que dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos considerando, principalmente, a ausência de informações precisas sobre a quantidade, sobre os tipos e sobre os destinos dos resíduos sólidos gerados no parque industrial do País e que esses resíduos podem apresentar características prejudiciais para a saúde humana e também para o meio ambiente.

Contudo os inventários não são uma realidade no Brasil e espera-se que a entrada em vigor da lei nacional de resíduos consolide a implantação desse importante instrumento.


terça-feira, 30 de novembro de 2010

Brasileiro não descarta corretamente o lixo eletrônico

Lívia Francez
Foto capa: Divulgacao


A lei que define a Política Nacional de Resíduos Sólidos foi sancionada em agosto deste ano e está em fase de regulamentação. Ela estabelece exigências rígidas para o recolhimento e reciclagem dos produtos eletrônicos, aumentando a responsabilidade dos fabricantes dos produtos no descarte. Atualmente, o usuário de eletrônicos brasileiro não está acostumado a fazer o devido descarte e nem existem empresas capacitadas a fazer o processamento dos metais dos aparelhos.

Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstra que apenas 2,4% dos resíduos sólidos urbanos de qualquer natureza são reciclados. Em contrapartida, um levantamento da Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cada brasileiro gere 0,5 quilo de lixo eletrônico ao ano. Até que a Política dos Resíduos Sólidos seja regulamentada, deve haver um trabalho de conscientização do usuário de tecnologia sobre a correta destinação do lixo eletrônico. Atualmente, algumas operadoras de telefonia e fabricantes de computadores estão promovendo programas de descarte de lixo eletrônico, mas ainda não se definiu como as empresas vão ajustar a coleta e reciclagem às novas regras.

No País ainda não existem fábricas que façam o processamento dos metais encontrados nos eletrônicos, como cobre, prata, ouro e paládio. Por isso. as empresas brasileiras têm de fechar parcerias com grupos que fazem o processo no exterior.

Bites e Bytes
- O mercado de celulares de segunda mão está aquecido no País. Usuários que não queiram mais o modelo que têm ou buscam outras funcionalidades recorrem à compra de seminovos ou ainda ao escambo, em sites como o Fixnet (http://www.fixnettelecom.com.br) ou mesmo o Mercado Livre.
- A Apple deve anunciar ainda na próxima segunda-feira (29) o início da venda oficial do iPad no País. A expectativa é que o tablet comece a ser vendido pela rede varejista e lojas da Apple ainda na próxima semana.
- Para os aficcionados em sites de compra coletiva: o site Save me (http://www.saveme.com.br/) condensa em uma única página as ofertas de todos os sites de compras coletivas, divididos por cidade.


Fonte: http://www.seculodiario.com.br/exibir_not.asp?id=7189

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Coleta de lixo à vácuo

Gustavo Bonfiglioli - Especial para O Estado

Logo abaixo das ruas de Barcelona, existe uma outra malha de tráfego. A uma profundidade de 5 metros, o lixo de casas, escritórios e até hospitais da capital catalã viaja a uma velocidade de cerca de 70 quilômetros por hora por meio de 113 km de tubulações, rede a vácuo que literalmente suga os resíduos produzidos pela população. Todas as vias conduzem aos mesmos destinos, centrais de armazenamento onde o material é processado, estocado em contêineres e finalmente levado a estações de reciclagem ou de incineração.

A chamada coleta pneumática, desenvolvida pela empresa sueca Envac, transformou a gestão de resíduos de Barcelona desde que foi adotada, no início dos anos 90. Hoje a cidade tem 30% do lixo coletado em oito pontos. Cada uma dessas malhas subterrâneas é independente, conectada por dutos a uma central específica. Pode parecer futurista demais, mas existem 600 redes semelhantes espalhadas por 150 cidades de todo o planeta.

As vantagens ambientais são muitas: o fim dos caminhões de lixo, a diminuição das pilhas de sacos nas ruas e o estímulo à coleta seletiva, já que cada tipo de resíduo – reciclável, não-reciclável e orgânico – é lançado na rede subterrânea separadamente e vai para contêineres próprios. “A ausência de caminhões de lixo evita odores, acúmulo de lixo e melhora o tráfego. Além das vantagens ambientais, o sistema proporciona um melhor aproveitamento do espaço urbano”, afirma Carlos Vazquez, chefe do Departamento de Gestão de Resíduos da prefeitura local.

O bairro de Lesseps, no distrito de Gràcia, adotou a coleta a vácuo recentemente, em 2009. O presidente da associação de moradores, Josep Maria Flotats, é um dos entusiastas do sistema, que atende 5,6 mil pessoas em Lesseps. “O bairro está mais bonito, limpo e sem odores. Não há mais acúmulo de lixo pelas ruas à espera dos caminhões de coleta, cuja ausência também tornou o bairro menos barulhento”, conta o barbeiro de 65 anos, que organizou uma visita à central de coleta para os moradores no fim do ano passado. “É importante mostrar à população para onde de fato está indo o lixo que ela produz. Todos ficaram satisfeitos.”

O vice-presidente da Envac Iberia, Albert Mateu, que administra os sistemas na Espanha e em Portugal, afirma que a coleta a vácuo deve cobrir 70% de Barcelona até 2018, ano em que a empresa espera concluir as outras redes de coleta projetadas para a cidade. “Infelizmente, não é possível chegar a 100% por conta de alguns bairros com pequenas colinas e irregularidades no terreno, que inviabilizam a instalação dos dutos”, explica.

Barcelona instalou o primeiro sistema de coleta subterrânea para os Jogos Olímpicos de 1992. O sistema criado para a vila olímpica construída com tecnologias sustentáveis no bairro Poblenou, a noroeste da cidade, atende ainda hoje a 4,4 mil residências. O exemplo da vila deu origem às outras sete redes de coleta, que, 18 anos depois, beneficiam aproximadamente 324 mil moradores.


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Prefeitos estão se unindo para atender PNRS

Autoridades de Canindé, Caridade, Itatira, Paramoti 
e Madalena se reunirão para discutir "consórcio"

Canindé. Em reunião realizada no Auditório da Prefeitura Municipal de Canindé foi discutida uma série de assuntos relacionados à operacionalização do Consórcio Municipal de Aterro de Resíduos Sólidos - Unidade Sertões de Canindé (Comares-UCN), conhecido como "Consórcio do Lixo". Este projeto visa, principalmente, a preservação do meio ambiente e a conservação do lençol freático da região compreendida entre os Municípios de Canindé, Caridade, Itatira, Paramoti e Madalena.

Na ocasião, foram escolhidos o presidente, vice e demais diretores do consórcio. O presidente eleito foi Cláudio Pessoa, prefeito de Canindé. A sede do aterro sanitário, que terá vida útil de 20 anos, será em Canindé. Os demais deverão enviar seus resíduos sólidos. O consórcio é um protocolo de intenções, publicado pelos cinco municípios integrados.

De acordo com os técnicos da Secretaria de Cidades do Ceará, serão transportados para o aterro sanitário regional 984.262 toneladas de resíduos industriais não perigosos, em uma área prevista de 14,48 hectares, numa área total de 28 hectares.

Um cinturão verde será construído ao longo do aterro para preservar a mata ciliar e assegurar vida ao meio ambiente. Trator de esteira, pá carregadeira de pneus, caminhão basculante e uma balança eletrônica fazem parte dos acessórios do empreendimento que irá acabar de vez com os lixões das cinco cidades. Estações de transferências serão implantadas nas cidades de Madalena, Caridade, Paramoti e Itatira, com a utilização de contêineres. Segundo projeto, a usina de triagem terá capacidade de atender um movimento diário de 45 toneladas de resíduos sólidos destinados ao aterro, que custará R$ 5.057.900,41.

As estações de transferências estão orçadas em R$ 895.136,55, além de R$ 500 mil para o projeto executivo. Para Cláudio Pessoa, o aterro sanitário será o grande passo para a mudança de vida das pessoas na região. Além de garantir mão-de-obra e investimentos familiares como a reciclagem do lixo.

Fonte: Diário do Nordeste - www.diariodonordeste.globo.com

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Angola acolherá congresso da CPLP sobre gestão dos resíduos em 2011

Luanda – A República de Angola, por assumir a presidência da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), vai acolher em 2011 o congresso sobre gestão dos resíduos sólidos, anunciou em Luanda a ministra do Ambiente, Fátima Jardim (foto)

A titular da pasta, que falava no encontro alargado do Comité Nacional do Planeta Terra, criado em 2009, disse que o evento será realizado no quadro dos compromissos assumidos pelos respectivos governos relativos a preservação do planeta terra. Para Fátima Jardim, os resíduos são um problema sério, por isso, os integrantes do comité pretendem fazer abordagem desta questão no quadro do desenvolvimento integrado e humano dos respectivos países da CPLP.

Com o Comité Internacional do Planeta Terra, prevê-se ainda em 2011 a realização, em Angola, do Fórum de Desenvolvimento Sustentável para África, sendo um objectivo que já está a ser preparado com o empenho dos membros integrantes. “O ano de 2011  será determinante  para a  nossa  afirmação e queremos  fazer com que a  realização destes eventos permitam  maior interacção entre  nós. Vamos  fazer de Angola um exemplo de abordagem de desenvolvimento com sustentabilidade”, reiterou.

Referiu  ainda que  as crises  globais  que  resultam  de vários  fenómenos, entre os quais  a redução  e perda da  biodiversidade, alterações climáticas, desertificação e destruição dos ecossistemas naturais  estão a fazer com que  as questões  ambientais  sejam  responsáveis  pela  globalização sustentável. “ Temos de apoiar e fazer conviver a sociedade e a economia com a componente ambiental, para que este pilar extremamente importante para o desenvolvimento se materialize em acções de actos dignos na preservação do meio ambiente, com vista  a uma qualidade de vida saudável dos nossos habitantes”, analisou.

Neste encontro alargado do Comité Nacional do Planeta Terra, que decorreu na Sede do Banco  Espírito Santo (Besa),  foi apresentado  o relatório das  actividades desenvolvidas durante os últimos 10 meses, a proposta  de  criação  dos comités  provinciais, assim como a apresentação dos  projectos sobre  educação ambiental e  aldeia ecológica. Participaram, neste evento, vários membros dos comités nacional e internacional do Planeta Terra, estudantes universitários e técnicos do Ministério do Ambiente.


terça-feira, 23 de novembro de 2010

O uso racional da água


Roberto Naime*

O uso racional e responsável da água é fundamental para o futuro da humanidade. O acelerado crescimento demográfico, a mudança de intensidade de consumo e a evolução do desenvolvimento das atividades antrópicas criam conflitos e pressão sobre os recursos hídricos existentes.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no século 20, o uso da água cresceu duas vezes mais rapidamente do que a população. A água torna-se cada vez mais escassa, ate mesmo no Brasil, que detém de 12% a 16% do total de água doce do planeta.

A questão muitas vezes não se resume à existência de recursos hídricos, mas sim às condições de acesso à água. O Nordeste, com 29% da população, conta com apenas 3% dos recursos hídricos do país, enquanto que o Norte com 7% dos habitantes, tem 68%. Até na Amazônia, pela precária infra-estrutura, há pessoas não atendidas pela rede de distribuição.

As condições de saneamento básico também continuam muito precárias. Saneamento básico é captar, tratar e distribuir a água para o consumo das populações; recolher e tratar o esgoto doméstico antes de permitir seu retorno aos mananciais hídricos superficiais e subterrâneos e tratar da questão dos resíduos sólidos (lixo doméstico). Não adianta a pessoa receber água tratada e ter péssimas condições higiênicas em função dos resíduos sólidos mal acondicionados, mal coletados ou mal destinados.

Mais da metade do esgoto produzido no país não recebe tratamento e é despejado diretamente nos rios, mares, lagos e mananciais. Além disso, o desperdício de água tratada é muito grande. Só na distribuição, as perdas podem chegar a 65% do que é captado nos mananciais. A média de consumo do brasileiro é de 50 litros por dia, quase o dobro do que a Organização Mundial da Saúde considera suficiente para uma pessoa. Na verdade nem se sabe o que é consumo e o que é perda do sistema, com um nível de eficiência muito baixo.

Podem ser implementadas sugestões para evitar o desperdício, e a contribuição de todos é fundamental.

Banho:
Não tome banhos demorados e feche a torneira enquanto se ensaboa. A cada minuto, mais de 20 litros de água vão embora pelo ralo. Coloque um balde embaixo do chuveiro para armazenar a água enquanto ela não esquenta. Essa água pode ser utilizada para outras atividades como colocar a roupa de molho.
Caso seja viável, instale redutores de vazão. Eles diminuem a quantidade de água liberada pelo chuveiro.

Pia do banheiro:
Não escove os dentes ou faça a barba com a torneira aberta.
Instale aerador ou arejador (dispositivos que liberam ar ao mesmo tempo que água) nas torneiras da cozinha e do banheiro. Se possível, prefira o arejador de vazão constante (que faz com que a água saia da torneira em fluxo contínuo).

Cozinha:
Ao lavar a louça use a bacia ou a própria cuba da pia para deixar os pratos e talheres de molho por alguns minutos, antes da lavagem. Isso ajuda a soltar a sujeira. Não deixe a torneira aberta enquanto os ensaboa. Você estará economizando dezenas de litros de água. Gotejando, uma torneira chega a um desperdício entre 40 e 50 litros por dia, variando conforme a intensidade. Sempre verifique se a torneira está bem fechada e se não há vazamentos. Se puder, use também o redutor de vazão e torneiras com aeradores. Se usar maquina de lavar louça, ligue-a somente quando estiver com toda sua capacidade preenchida.

Bacia sanitária:
Não use a privada como lixeira e nunca acione a descarga sem necessidade.
Mantenha a válvula sempre regulada e conserte os vazamentos assim que eles forem notados. Quando construir ou reformar dê preferência às caixas de descargas no lugar de válvulas. Uma bacia sanitária acoplada com caixa d’água libera apenas 6 litros de água por descarga, reduzindo o consumo em 50%.

Lavanderia e área de serviço:
Deixe as roupas de molho por algum tempo antes de lavar.
Use a maquina de lavar roupas com carga máxima.
Evite o excesso de sabão, que aumenta o numero de enxágües necessários.

Quintal, jardim e vasos:
Não regue as plantas nas horas quentes do dia. Muita água evapora antes mesmo de atingir as raízes.
Molhe apenas a base, e não as folhas.
Aproveite a água da chuva quando puder. Você pode armazená-la em recipientes colocados nas saídas das calhas para depois usá-la para regar as plantas. Para lavar a calçada e o pátio, não use mangueira. Use vassoura e balde, reutilizando a água do molho das roupas.

Construção ou reforma:
Mantenha jardins ou áreas vazadas para que o solo possa absorver a água da chuva. Você estará contribuindo para a reposição da água do lençol freático.

Lavagem de carro:
Use balde em vez de mangueira. Com a mangueira gasta-se mais de 500 litros de água para lavar um carro. Com balde, o gasto é de apenas 40 litros.

*Roberto Naime, colunista do Portal EcoDebate, é Professor no Programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental, Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo – RS.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Novidades na área


Seminário Ambiental 

mostrará técnica inédita 

para coleta de lixo hospitalar


Lixo hospitalar é aquela porção que pode estar contaminada com vírus ou bactérias patogênicas das salas de cirurgias e curativos, das clínicas dentárias, dos laboratórios de análises, dos ambulatórios e veterinárias. Há necessidade de um cuidado especial no seu descarte e os custos de seu tratamento são elevados. Por isso foi recebida com entusiasmo a técnica denominada "Pyrolix", desenvolvida pelo pesquisador Artur Torres, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Federal de Minas Gerais. O Pyrolix reduz em até 90% o volume de resíduos a serem aterrados e evita a emissão de gases poluentes.

O professor Artur Torres, que colocou em funcionamento um projeto-piloto baseado em seu invento, estará em Joinville no dia 24 de novembro, quando irá proferir palestra sobre o tema "Destinação do lixo hospitalar". O Seminário de Consciência Ambiental, com enfoque na reciclagem do lixo, acontece na Câmara de Vereadores de Joinville, nos dias 22, 23 e 24 de novembro, na parte da manhã. O vereador Alodir Cristo explica que "a destinação do lixo transformou-se em questão prioritária nos principais países do mundo. No Brasil não é diferente e temos que encontrar alternativas inovadoras para enfrentar este problema. A título de exemplo, o Programa Nacional de Resíduos Sólidos proibirá, dentro de cinco anos, os aterros sanitários".

 

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Brasileiro confia no discurso verde das empresas

Estudo do grupo Havas feito com 13 países indica que o público daqui é o que mais acredita que questões socioambientais podem ser resolvidas pela ação das companhias, e não dos governos. No Brasil, Natura se destaca

Por Lena Castellón

A edição 2010 da pesquisa “Futuro Sustentável”, feita pelo grupo Havas, aponta que o brasileiro confia mais nas empresas do que no governo quando o assunto é sustentabilidade. De acordo com esse estudo, que ouviu 30 mil pessoas por meio de sondagem pela internet, 60% dos habitantes daqui têm essa visão – de que as companhias podem lidar melhor com problemas socioambientais –, enquanto que a média geral ficou em 40%.


Em relação ao trabalho feito em 2009, a pesquisa indica que a preocupação do brasileiro com o assunto aumentou. No levantamento atual, 58% dos entrevistados daqui disseram estar mais atentos, um aumento de nove pontos percentual. Sobre o papel das empresas, na análise global, 76% dos consultados (contra 70% em 2009) colocam nas companhias – e não nos governos – a responsabilidade por medidas sustentáveis e sociais. Mas 68% entendem que as corporações somente falam de sustentabilidade para melhorar a imagem. Esse índice entre os brasileiros é significativamente menor: 23%.


Se a avaliação for pelo outro lado, o do envolvimento governamental, nós somos céticos. Dos brasileiros, 40% não acreditam que o poder público possa resolver problemas nesse campo. Para os consultados dos demais países, o percentual de descrença é mais baixo, 21%.


Além de depositar sua fé nas empresas, os brasileiros gostam de premiar as companhias, mais do que as demais populações. Essa disposição é encontrada em 90% dos entrevistados, enquanto que o índice global ficou em 80%. De todos os brasileiros ouvidos, 82% puniram de algum modo as corporações que não adotam práticas socioambientais – no restante do mundo o percentual ficou em 90%. Perguntado se, diante de tais números, o brasileiro é mais bonzinho, o coordenador do trabalho no País, André Zimmermann, CEO da Havas Digital Brasil, prefere dizer que o público é menos crítico. “Parte dos resultados tem mais a ver com a maturidade dos mercados desenvolvidos. Nesses lugares, a população é mais exigente porque o ‘fazer algo’ deixou de ser um diferencial”, explica.

Marcas

Entre os temas sondados está o desempenho das marcas. Os brasileiros citaram espontaneamente a Natura como a empresa mais ligada à sustentabilidade, com 27% das respostas. Em segundo lugar ficou a Petrobras (22%). Nestlé (15%), Vale (14%) e Banco Real e Bradesco (9% cada) vêm em seguida. Nos Estados Unidos, a dianteira coube ao Walmart, com 8% das citações. A segunda posição está dividida entre GE e Johnson & Johnson, com 5% cada. Globalmente, a corporação que mais se destacou foi a Ikea.

Para Hernan Sanchez, CEO da Havas Intelligence e coordenador do estudo mundial, os resultados demonstram que as corporações ganham importância e valor aos olhos do consumidor caso estejam efetivamente comprometidas com a sustentabilidade. Os pesquisadores perguntaram se os entrevistados ficariam preocupados com o desaparecimento de uma companhia no futuro.


“Eles não se incomodariam se dois terços das marcas globais sumissem. Mas descobrimos também uma forte relação entre as marcas e a sustentabilidade, sugerindo que quanto mais sustentável ela for, mais importante ela será para o consumidor”, alerta. Por isso, Sanchez salienta: “Quando uma empresa se preocupa com as pessoas, a sociedade, o planeta e contribui para fazer a diferença, ela redefine sua relação com o público”.


Segundo Zimmerman, isso deixa claro que há grandes oportunidades para as marcas. Como, no entanto, há também ceticismo em relação ao posicionamento das empresas, ele diz que é preciso propagar adequadamente o que se faz. “As empresas devem comunicar se tem práticas consistentes, mas será melhor se elas puderam incluir o público. Seria algo assim: temos um projeto de reflorestamento e você pode contribuir desta maneira. Isso faz mais sentido para o consumidor, que busca informações”, recomenda.

Consumidores mais engajados

A pesquisa “Futuro Sustentável 2010” avaliou também o engajamento dos consumidores. O público foi classificado em cinco perfis, conforme a relação do entrevistado com o tema da sustentabilidade: dedicados, passivos, céticos, descompromissados e críticos. Os resultados apontam que os desinteressados diminuíram. O perfil que mais cresce é o dos dedicados. Os devotados são 46% dos brasileiros, um aumento de 10% sobre o número de 2009. Os passivos são 17%, mesmo índice da edição anterior. Os críticos correspondem a 16%, uma alta de 2%. Os céticos e os descompromissados respondem por 11%.

   Celso Marino
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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Indústria do lixo eletrônico em crescimento

Setor deve triplicar

Por Agências & Estadão
Melhores tecnologias e regras de meio-ambiente mais exigentes reduziram o ciclo de vida de muitos aparelhos eletrônicos — e geraram uma indústria de lixo eletrônico que deve triplicar para US$ 15 bilhões nos próximos cinco anos.
Para as maiores empresas de gestão de resíduos — Waste Management, Waste Connections, Republic Services e IESI-BFC –o lixo eletrônico é apenas uma fração dos resíduos sólidos com que lidam.
Mas muitas estão se esforçando para crescer no setor.
“É uma parte pequena do negócio, mas pode crescer ao longo do tempo”, disse o analista da Morningstar Bradley Meeks.
A Waste Management, maior empresa do setor nos EUA, opera 200 centros de coleta de reciclagem de produtos eletrônico e planeja ter pontos de coleta em todo o país. Dos oito centros que opera, três vêm de aquisições da companhia.
“Esperamos crescer ativamente neste setor e continuamos avaliando ambas as oportunidades orgânicas e de aquisição”, disse o vice-presidente de reciclagem e marketing da Waste Management, Matt Coz.
Neste momento em que a China — que produz mais de 90% dos metais de terras-raras do mundo, usados em lasers, supercondutores, computadores e muito mais — tem dificultado acordos sobre exportações, aumentou o interesse pela extração de metais preciosos de lixo eletrônico — algo conhecido como garimpo urbano.
Metais recuperados do lixo eletrônico vão desde ouro, prata, cobre e alumínio até metais mais raros, como platina, gálio, índio e paládio.
Os metais mais preciosos são encontrados em CPUs, celulares e servidores, segundo John Shegerian, presidente-executivo da Electronic Recyclers International, uma das maiores recicladoras privadas de produtos eletrônicos.
Jennifer Robin Raj e Arnika Thakur (REUTERS)

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Resíduos: experiência chilena é boa


Duas experiências chilenas na área de reaproveitamento de resíduos podem servir de referência para indicar novos rumos para os sistemas de coleta seletiva no Brasil. Especialistas e ativistas na área de resíduos sólidos - Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e seu assessor, Abes-RS, Aspan, consultor do Ministério do Meio Ambiente e Instituto Pólis – visitaram o Chile com o objetivo de recolher elementos que sirvam de referência na construção de um sistema público de reaproveitamento e redução de resíduos.

A visita foi promovida pela ABIVIDRO, com o intuito de abrir o debate com a sociedade civil organizada sobre a responsabilização do setor produtivo na gestão das embalagens pós-consumo produzidas e distribuídas pelas empresas, tal como está previsto no Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Foram escolhidas duas experiências desenvolvidas na região metropolitana de Santiago do Chile. A primeira é um centro de coleta seletiva localizado no município de Vitacura, onde está disponível toda uma infraestrutura que proporciona à população a possibilidade de dar um destino correto aos materiais recicláveis domiciliares, e também aos restos de remédios vencidos, pilhas, eletrodomésticos e eletrônicos, entre outros.

A segunda experiência envolve a coleta seletiva de resíduos orgânicos e a produção de biodiesel a partir de óleo de cozinha descartado. O programa está sendo desenvolvido em um município de baixa renda também na região metropolitana de Santiago, La Pintana. A população do local participa depositando seus resíduos orgânicos em recipiente específico fornecido pelo serviço municipal de coleta. O programa mostrou até agora uma taxa de aproveitamento de 25% dos resíduos orgânicos produzidos e a utilização do composto (adubo) em parques e áreas verdes do município.

“A experiência da compostagem é uma referência muito importante para nós porque mostra que o sistema de reaproveitamento integral dos resíduos é viável por utilizar circuitos curtos de coleta de resíduos orgânicos e também por inverter a lógica convencional de coleta seletiva que prioriza os materiais secos descartados”, avaliou a coordenadora de Ambiente Urbano do Instituto Pólis, Elisabeth Grimberg. 

Fonte: site do Instituto Pólis

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Empresários desconhecem legislação ambiental


Fiemg promove debates pelo interior de Minas 
com o objetivo de difundir nova PNRS

Com a presença de empresários, empreendedores, comerciantes e prestadores de serviço de Uberaba e região, foi realizado na tarde de ontem no auditório da Fiemg o encontro “Diálogos Minas Recicla – Licenciamentos Ambientais e a Gestão de Resíduos Industriais”. Com auditório lotado, o ciclo de palestras discutiu entre outros assuntos licenciamento ambiental, política nacional de resíduos sólidos e gerência do meio ambiente.

Para o presidente da Fiemg, Altamir Roso, existe a necessidade de que o público formado por empresários, principalmente os ligados aos setores de calçados, vestuário, marcenaria e marmoraria, conheça as estruturas disponibilizadas pela instituição para assessoria ambiental.

“Muitos ainda não se adaptaram às regras da legislação ambiental nem se conscientizaram dessa importância, mas a Fiemg, que é formada por 12 sindicatos dos setores industriais, pode oferecer esse serviço”, destacou Altamir, lembrando que o respaldo ofertado em Belo Horizonte também pode ser encontrado em Uberaba.
Presente no debate, o promotor de justiça de Meio Ambiente, Carlos Valera, destacou que a questão ambiental ainda sofre com mitos que precisam ser combatidos. Valera ponderou que as empresas padecem de desconhecimento e não buscam a regulamentação ambiental por acreditarem que se trata de algo inatingível.

O promotor observou que, quando as empresas seguem os padrões da legislação, obtêm garantias necessárias. “Isso se resume em segurança não apenas para empresário, mas também para a coletividade”, pontuou. Valera concluiu afirmando que a legislação consegue suprir as demandas, apesar de ter limitações, como todo órgão público. Mas, segundo ele, “a nova postura do Ministério Público, que está dialogando com a sociedade, faz com que os problemas sejam resolvidos por meio dos termos de ajustamento de conduta (TAC) sem a necessidade de outras providências”, finalizou.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Esporte radical também gera resíduo sólido

O Projeto Repensar, vem em sua segunda edição, e tem como propósito a consciência ambiental da sociedade local de Praia Grande e cidades vizinhas, chamando a atenção da iniciativa privada, para investimentos na área de educação ambiental e ecoturismo, desse modo, colocando a cidade no roteiro nacional de esportes de aventura e ecoturismo.

A princípio, o evento tem como objetivo direto o recolhimento de lixo reciclável de trilhas, explanações sobre os ecossistemas visitados e a importância do ecoturismo na região. Após o recolhimento feito pelos participantes do evento, o lixo será separado e destinado à coleta seletiva para reciclagem e a criação do PROJETO REPENSAR para a sustentabilidade.

O evento acontecerá no domingo do mês de Novembro, dia 21 – na Trilha Guariuma-Melvi (PESM) e dia 28 na trilha do Curtume e Praia do Itaquitanduva (PEXJ).

Praia do Itaquitanduva e Trilha do Curtume – Japuí - SV - A Praia do Itaquitanduva com seus belíssimos aspectos naturais e ótima qualidade de suas ondas, tem como seus principais visitantes os surfistas de toda a Baixada Santista e também por estar próxima ao bairro Japuí, em São Vicente, é utilizada freqüentemente pela comunidade local. Situada dentro de uma Unidade de Conservação, o seu acesso é restrito sendo realizado apenas por trilhas. Um problema agravante observado tanto na trilha quanto na praia são os resíduos sólidos. 

Alguns freqüentadores recolhem o lixo produzido durante a estadia na praia, outros, porém, sem a mesma preocupação ambiental, deixam-no na praia ou no caminho até chegar a mesma. Focando nesta problemática e a fim de despertar a consciência ambiental dos visitantes, julgamos que uma ação para a retirada de resíduos sólidos abandonados nestes locais é de extrema importância, haja vista a dificuldade de acesso, a coleta de lixo, reciclável ou não nessa região é impossibilitada.

Trilha do Guariuma-Melvi – Jd Melvi - PG - A PESM – Guariuma-Melvi, onde se encontra a Cachoeira do Guariuma alem de mais de 10 outras cachoeiras com suas belíssimas quedas d’águas e seus aspectos naturais e ótima qualidade de ecoturismo, tem como seus principais visitantes os moradores do bairro Jd Melvi, sendo a entrada proibida a visitantes, devido a obras que estão sendo executadas para a criação do PESM – Núcleo Itutinga Pilões e por ser área de captação de água da Sabesp. Situada dentro de uma Unidade de Conservação, Um problema agravante observado tanto na trilha quanto na área das cachoeiras são os resíduos sólidos. Alguns freqüentadores recolhem o lixo produzido durante sua ida a cachoeira, outros, porém, sem a mesma preocupação ambiental, deixam-no pelo caminho, prejudicando o ecossistema local. Focando nesta problemática e a fim de despertar a consciência ambiental dos visitantes, julgamos que uma ação para a retirada de resíduos sólidos abandonados nestes locais é de extrema importância, como também as explanações sobre a Serra do Mar, sua fauna e flora.


Parcerias: Prefeitura de Praia Grande, PESM, PEXJ, FALS – Faculdade do Litoral Sul.
Apoios: Franz Seguros, DF Consultoria em Turismo, Ibéricas Praia Hotel, Chaveiro Millenium, Supermercado Ondas.


Att.

Dhananjaya Prata
Diretor de Ecoturismo da ASSERECO
dhanan15@hotmail.com

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Brasil precisa substituir lixões por aterros sanitários até 2015

Governo deverá estimular projetos 

compartilhados entre municípios 

e estados e iniciativas intermunicipais

 
Agência Brasil

A implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), sancionada em agosto e ainda sem regulamentação, terá como grandes desafios a gestão compartilhada, o prazo para substituição de lixões por aterros sanitários e a ampliação e melhoria da produtividade da coleta seletiva. As metas foram listadas nesta segunda pelo secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Silvano Silvério.

O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Machado, disse que a regulamentação da PNRS – que tinha prazo de 90 dias, contados a partir de 2 de agosto – será concluída até o fim deste governo e assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministério já tem uma minuta do decreto e está discutindo o texto no governo e com entidades do setor de gestão de resíduos.
A lei prevê a responsabilidade compartilhada na gestão dos resíduos sólidos e proíbe a manutenção de lixões em todo o país. Segundo Silvério, estados e municípios terão até agosto de 2011 para elaboração de planos de gestão de resíduos. Até 2015 o país terá que ter eliminado os lixões.

“O esforço inicial é para garantir a implementação de aterros. A lei dá quatro anos de prazo máximo para adequação de aterros e fim dos lixões”, disse o secretário durante apresentação no seminário Regulação e Gestão de Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos: Aproveitamento Energético do Metano de Aterros Sanitários.

O governo deverá estimular projetos compartilhados entre municípios e estados e iniciativas intermunicipais, que têm custo operacional reduzido, se comparados com projetos individuais. Uma das orientações, segundo Silvério, será a criação de autarquias municipais ou intermunicipais de gestão de resíduos.
“Queremos estimular a formação de consórcios públicos para gestão, isso otimiza investimentos e permite planejamento e gastos compartilhados”, comparou.

Evitar que os aterros voltem a se transformar em lixões por falta de gestão também é umas das preocupações do governo. Entre as possibilidade para garantir a sustentabilidade financeira dos empreendimentos estão o aproveitamento do metano liberado pelo lixo para produção de energia e a criação de estímulos fiscais vinculados à manutenção dos projetos. “O país tem que ter uma meta para recuperação de energia em aterros a partir do gás metano. Os planos [estaduais e municipais] terão que contar com a perspectiva de recuperar energia dos aterros”, sugeriu Silvério.

Durante a apresentação, o secretário também apontou a necessidade de ampliação e melhoria da qualidade da coleta seletiva. Dos 5.565 municípios brasileiros, somente cerca de 900 têm o serviço de coleta seletiva. E a produtividade é baixa: apenas 12% do que é coletado é de fato reciclado, segundo Silvério.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Emissão de gases preocupa especialistas

Em SP, emissão de gases-estufa do lixo cresce 58%

Nos aterros sanitários do Estado ocorre lançamento de metano, 
um gás que contribui para o aquecimento do planeta

Afra Balazina – O Estado de S.Paulo

As emissões de gases-estufa provenientes dos resíduos sólidos aumentaram 58% no Estado de São Paulo entre 1990 e 2008. No primeiro ano avaliado, o setor lançou para a atmosfera 5,8 milhões de toneladas desses gases, que provocam o aquecimento global. Após 18 anos, o número passou para 9,2 milhões de toneladas.
Os dados foram divulgados pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e farão parte do primeiro inventário estadual de emissões. Do total, 55,7% correspondem a emissões de aterros – enquanto os efluentes industriais contribuem com 17,5% e os efluentes domésticos, 26,4%.

O estudo faz o cálculo também das emissões decorrentes do lixo por habitante: passaram de 205 quilos de gases-estufa em 1990 para 234 quilos em 2008 – um crescimento de 14%.

Uma das causas para o aumento das emissões é o fato de que as pessoas estão consumindo cada vez mais e, dessa forma, gerando quantidade maior de resíduos. O documento está em consulta pública no site da Cetesb (cetesb.sp.gov.br).

De acordo com Oswaldo Lucon, assessor de gabinete da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, outra razão é a redução dos lixões em São Paulo. Isso porque “quando os resíduos orgânicos vão para o lixão a céu aberto, sofrem pouca decomposição anaeróbia” – situação em que bactérias anaeróbicas, que sobrevivem na ausência de oxigênio, conseguem decompor os resíduos orgânicos.

No início de 2007, o Estado contava com 143 lixões. Agora, só existem 3 em operação – em Presidente Prudente, Vargem Grande do Sul e Peruíbe. Isso é positivo, claro. “Porém, com mais aterros controlados, temos maior emissão de metano. E até agora ainda não há muita recuperação desse poluente.”

Nos Aterros Bandeirantes (na zona norte da capital) e São João (na zona leste), por exemplo, existe a iniciativa de captar metano para gerar energia elétrica. Em 2006, a concessionária da Prefeitura de São Paulo para exploração dos resíduos do Aterro Sanitário Bandeirantes, a Biogás Energia Ambiental S/A, fechou um negócio com um banco alemão no valor de cerca de R$ 58,5 milhões referente à venda dos créditos de carbono da redução das emissões no local.

A iniciativa de captação de metano já pode ter tido algum efeito: depois de crescerem quase ininterruptamente até 2006, as emissões de gases-estufa dos resíduos sólidos tiveram uma ligeira queda em 2007. Em 2008, as emissões subiram novamente, mas ainda assim foram menores que as de 2005 e 2006.
Capital. Foram somadas as emissões de metano de aterros da capital, com maior população urbana do Estado, e foi feita a comparação com as emissões dos aterros de todo o Estado de São Paulo. O resultado é que as emissões de aterros no município representam 31% do total.

“Isso reforça o entendimento geral de que essas emissões estão ou podem estar concentradas em poucos empreendimentos e que mais projetos de créditos de carbono devem ser implantados”, afirma o relatório.
Como cortar. Na opinião da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), o setor não pode se contentar apenas em captar metano nos aterros.

Para Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe, é fundamental minimizar a geração de resíduos. E ele defende, por exemplo, a troca do combustível por um mais limpo, como gás natural, biodiesel e etanol, nos veículos de coleta do lixo. Também ressalta que, com aterros cada vez mais distantes, os resíduos poderiam ser transportados por trens em vez de em carretas. “O setor tem potencial para ser um redutor de emissões”, afirma.

A questão, agora, é saber se vai haver esforço nesse sentido. Uma dificuldade é uma lacuna de legislação: o metano não está na meta climática de São Paulo – que fala em cortar 20% das emissões especificamente de dióxido de carbono até 2020 – em relação ao que se emitia em 2005. Não há, dessa forma, uma obrigação para cortar as emissões de todos os gases de efeito estufa.

PARA LEMBRAR

Lei nacional proíbe lixões e coloca metas
Em julho foi aprovada a política nacional de resíduos sólidos no Senado. A proposta – que tramitou no Congresso por 19 anos – proíbe lixões, estabelece metas e programas de reciclagem e afirma que cabe às indústrias o descarte de produtos eletrônicos (logística reversa).


sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Política Nacional de Resíduos Sólidos muda rotina das empresas

Lei que promove a destinação correta de todo tipo de resíduo força a criação de políticas estaduais e municipais para práticas sustentáveis. Construtoras e fabricantes também buscam soluções.


A lei, que promove a destinação correta de todo o tipo de resíduo (doméstico, industrial, eletroeletrônico, lâmpadas de vapores mercuriais, agrosilvopastoril, área de saúde, resíduos perigosos), define mais claramente as responsabilidades dos diferentes agentes envolvidos na cadeia produtiva da construção civil, com um objetivo focado em minimizar os impactos ambientais. Ela torna explícito o princípio da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, abrangendo fabricantes, comerciantes, importadores, distribuidores, consumidores e responsáveis pelos serviços públicos de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos.

"A Política Nacional ajuda a validar ainda mais a Resolução 307 e é um passo muito importante nesse caminho. A resolução diz como devem ser tratados os resíduos de forma específica; a política estabelece diretrizes mais gerais e foi criada porque o problema dos resíduos sólidos nas grandes cidades - de maneira geral - estava se tornando gigantesco", pondera Francisco Vasconcellos, vice presidente do Comasp (Comitê de Meio Ambiente) do SindusCon-SP.

Responsabilidade compartilhada
Embora a maioria dos municípios não exija dos grandes geradores a apresentação de projetos de gerenciamento, a Política Nacional estabelece a obrigatoriedade dos construtores para elaborarem seus planos de gerenciamento de resíduos, reforçando o que já previa a Resolução do Conama.

A questão da responsabilidade compartilhada está muito bem definida na Política Nacional, especialmente nos artigos 25 e 26 - o poder público, o setor empresarial e a coletividade são igualmente responsáveis. E aí estão inseridos todos os atores da cadeia de negócios: construtores, fornecedores e fabricantes. "Municípios dos pólos regionais mais representativos possuem legislação própria para disciplinar o manejo da construção civil, disciplinando o papel do gerador do resíduo, o papel do transportador (que tem de ser cadastrado - incluem-se aí as caçambas), o papel do receptor de resíduos, responsável por triar bem cada material e dar-lhes a destinação adequada", lembra Tarcísio de Paula Pinto, diretor técnico da consultoria I&T-Informações e Técnicas.

Logística reversa
Entre algumas das questões pontuais da nova lei, está a chamada logística reversa (já delineada na Resolução do Conama), que agora se implantou mais fortemente. Ela prevê uma série de ações, com o objetivo de facilitar o retorno dos resíduos (de vários materiais e diferentes setores da construção), para que sejam tratados ou reaproveitados em novos produtos.

"Alguns resultados já podem ser observados, como na questão dos resíduos de gesso, por exemplo. A busca por soluções começou como resultado de algumas articulações entre Sinduscons (representando construtoras) e fornecedores, em cidades como São Paulo, Recife e Belo Horizonte. Algumas ATTs em São Paulo recebem o gesso a granel, concentram o material em uma baia e semanalmente a carga é destinada a algumas cimenteiras", explica o diretor da I&T. A reutilização dos resíduos de gesso na fabricação de cimento é feita na fase final de moagem do clínquer (em substituição à gipsita "in natura") para retardar a pega do cimento. No caso do gesso acartonado, as aparas também podem ser recebidas para reutilização em meio à massa de gipsita, que é utilizada na produção das placas acartonadas.
Fonte: http://www.piniweb.com.br/
Reportagem: Telma Egle

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Seminário Internacional de Resíduos Sólidos em Brasília

Regulação e Gestão de Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos

A Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR) vai promover em parceria com a National Association of Regulatory Utility Commissioners (NARUC), o Seminário Internacional – Regulação e Gestão de Serviços Públicos de Manejo de Resíduos Sólidos: Aproveitamento Energético do Metano de Aterros Sanitários.

A programação, com a presença de especialistas de vários países, possibilitará aos participantes entrar em contato com o planejamento, projeto, implantação e operação de aterros sanitários e do aproveitamento energético do metano por eles gerado.
O seminário será realizado no auditório do MMA, 505 Norte (Edifício Marie Prendi Cruz) em Brasília/DF, nos dias 8, 9 e 10 de novembro de 2010.

Enfoque especial será dado às potencialidades do aproveitamento energético do metano de aterros sanitários que vem se configurando como alternativa ambiental economicamente adequada. Estudos indicam que o Brasil ainda precisa avançar muito no manejo dos resíduos sólidos domiciliares.


Lixões
A maioria das cidades brasileiras apresenta séria carência no tratamento de lixo. Nelas, os resíduos são lançados em qualquer área (lixões), contaminando o solo, o ar e as águas superficiais e subterrâneas. Em algumas regiões começam a despontar iniciativas de disposição desses resíduos sólidos domiciliares em aterros, e aproveitamento do gás metano para gerar energia elétrica, evitando emissões desses gases com enormes ganhos ambientais.

O metano é um gás de efeito estufa com poder 21 vezes superior ao do gás carbônico. A decomposição de matéria orgânica em condições anaeróbicas (ausência de oxigênio) gera metano. É o que acontece com o lixo domiciliar depositado em aterros sanitários.


A nova legislação federal para os serviços públicos de saneamento básico (Lei 11.445/2007) e a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) tem servido como indutoras para que vários estados desenvolvam esforços para estimular a regionalização da gestão dos resíduos sólidos por meio de consórcios públicos intermunicipais. As iniciativas visam promover a oferta de serviços públicos de qualidade, ambientalmente adequados e com custos menores em função de economias de escala.


Experiências
Durante o Seminário serão feitas apresentações de experiências sobre o uso do metano nos Estados Unidos e Chile e operações que vêm sendo realizadas em diversas regiões do País, como os aterros sanitários de Salvador, Belo Horizonte, Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre.


Também integram a pauta do evento os impactos da nova Política Nacional de Resíduos Sólidos bem como a atuação regulatória da ANEEL no campo das energias renováveis e das agências que responsáveis pela regulação dos serviços públicos de saneamento básico.


O Ministério do Meio Ambiente dá suporte ao Seminário, que conta também com o apoio da Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento (ASSEMAE), da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (ABES) e da Associação das Empresas de Saneamento Básicos Estaduais (AESBE).


A Ministra do Meio Ambiente presidirá a Mesa de Abertura do Seminário às 9h30 do dia 8 de novembro, que contará ainda com a presença da representante do Ministério da Ciência e Tecnologia, do Secretário dos Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, do Presidente da Associação Brasileira das Agências de Regulação e do representante da NARUC.
Fonte: Adasa / Agência Brasília